Casarão da Procópio Gomes

Casarão da Procópio Gomes

Procópio Gomes de Oliveira (1859-1934) foi um superintendente municipal de Joinville, cargo este equivalente a prefeito nos dias de hoje, além de deputado estadual e coronel da Guarda Municipal. Um dos primeiros colonizadores da cidade, de uma família muito conhecida, muito rica e influente. Ele mudou-se para a cidade com toda a família, esposa, três filhos, seu irmão e sua mãe, Maria Gomes. Ela era descendente de alemães e tinha ódio de negros, ainda escravos na época. O seu ódio insano não admitia o nascimento de filhos entre os criados. Quando uma escrava engravidava, conta-se, ela fazia o possivel e o impossivel para que a mulher perdesse o filho, mesmo assim alguns sobreviviam. Conta a lenda que ela dava aos porcos as crianças ainda vivas.

No momento da morte, Maria gomes começou a gritar e a debater-se dizendo que “eles” estavam vindo busca-la, que podia sentir o cheiro de podre deles. Poucos instantes antes de fazer a passagem, ela dizia que “eles” estavam lhe tocando e que suas mãos queimavam como ferro em brasa, quando finalmente partiu. Procópio Gomes faleceu e aus familia também, ao longo dos anos. Só que ninguem consegue morar na casa. Há relatos de vultos, toques e ventos gelados, correntes sendo arrastadas, portas batendo, etc.

Dizem que os bens pessoais de Maria, ouro, etc foram enterrados no porão, onde existe um pequeno córrego onde se pode ver nitidamente corpos de recém nascidos boiando e se ouve seus choros. Ninguém permanece por muito tempo na casa.

No ano de 1913 ele construiu um grande casarão para abrigar sua família, aos fundos o terreno possuía ainda uma grande área com árvores e um tanque. As lendas narram que escravos foram mortos no local, inclusive crianças, e por isso algumas pessoas dizem que sombras e sussurros são vistas e ouvidos durante a noite. Relatos ainda mais tenebrosos contam que no porão da casa é possível ouvir o choro dos bebês que morreram no local e que a antiga proprietária, esposa de Procópio, assombra a casa.
( Fonte: www.oarquivo.com.br)